quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Esquete - Tema: Família

Projeto: Apresentação de esquetes
Tema: Família
Turma: 2º ano do Curso Normal

Personagens:
Chiquinha - namorada (Úrsula)
Genário - namorado (Denise)
Mariquinha - irmã (Dailane)
Zé - pai (Daniel)
Joaquina - mãe (Marília)
Judite - vó (Nicolli)
Eufrásia - prima (Angélica)
Catarina - prima da cidade (Evelin)
Pe. João - padre (Rêninson)

Família Buscapé
Texto de Denise Cabral

Genário e Chiquinha se encontram.

Ge - Chiquinha, agente já se conhecemo há tanto tempo!
Chi - É...desde que nós era criança.
Ge - Eu sei que ocê é uma moça de famia...
Chi - O que ocê qué dizê cum isso?
Ge - Óia, sabe o que é? É que eu tô gostano d'ocê!
Chi - Óia Genário, eu também gosto d'ocê... nós fumo criado juntu...
Ge - Mai num é desse gostá que eu tô falano...é dum gostá mais gostado!!!
Chi - Mai eu tamém Genário!
Ge - Então vamo namorá uái!!!
Chi - Mai namorá? Mai cumu é que é que se namora?
Ge - É pegá na mão ora!
Chi - Mai eu tenho medo, nunca fiz isso!!!
Ge - Medo du quê uái?
Chi - Se o pai vê ele mata nóis...
Ge - Mai eu enfrento ele.
Chi - Ah, então tá ué! Se ocê tá dizeno...

Eles dão as mãos; chega Mariquinha e os vê.

Mariquinha - Chiquinha, o pai tá chamano prá jantá!
Chi - Já vô. Manhã nóis se vê de novo?
Ge - Mai é craro uái!
Chi - Então nóis se encontra manhã nu jardim no pôr do sor...
Mariquinha - Vamo logo, nóis tá cum fome!

Genário vai embora. Chiquinha e Mariquinha entram para jantar.
No jantar... chegam Eufrásia e Catarina, todos se cumprimentam e fazem comentários.

Catarina - E ocê Chiquinha, já tá namorano?
Chi - Eu não uái!
Mariquinha - Tá sim. Eu vi ocê e o Genaro lá na frente de mão darda inda agora!
Zé - Ara, mai que históra é essa de mão darda?

Chiquinha dá um beliscão em Mariquinha.

Mariquinha - Ara, que isso Chiquinha? Eu só tô falano a verdade? E otra paiê, eu ovi ela marcá um incontro cum ele lá no jardim manhã no por do sor.
Zé - Mai que coisa! É só eu ficá um cadim de nada longe que ocê já fica inté de incontro marcado?
Chi - É mintira pai, a Ma...

A vó interrompe:

Vó - Mai eu num creditu! Ocê tá muito safada Chiquinha! Fica andando cum as mão dada, di encontru marcado... Se fosse na minha época meu pai me prendia nu quarto inté ranjá um marido pra eu!
Chi - Que isso vó?
Eufrásia - Mai a vó tá certa! Ocê tá muito nova prá entendê essas coisa.
Catarina - Eu num concordo cum isso. Nóis lá na cidade grande pode andá di mão dada. Fazê o quê? Nois é chique, bem!

Todos começam a falar, discutindo, ao mesmo tempo; Joaquina interrompe.
Jô - Ara, será qui dá prá nóis cume im paz? Eu acho que Chiquinha já tá nu tempo de ranjá um casório, mai vamo discuti isso despois do jantá, certu?

Todos se calam e o jantar continua. Ao término da jantar, ainda na mesa Zé fala:

Zé - Bom, se esse rapaz qué mermo namorá mia Chiquinha, vai te qui prová qui é macho!
Mariquinha - Isso qué dizê qui ela vai pudê namorá i o senhô num vai fazê nada?!?!?
Zé - Ela vai namorá mai só se o rapaz fô homi pra isso.
Mariquinha - E eu pai? Se ela podi eu tamém possu!
Zé - I, viu? Agora as duas qué! Vai acabá qui nem uma das duas vai namorá é tão cedu!
Chi - Ô Mariquinha, fica queta se não te dô uns cascudo! Por causa di ocê, agora eu num vô podê mas namorá!!!
Jô - Fica queta Mariquinha! Nem parô di brincá di buneca inda!!!
Vó - Viu...mai ieu falei qui essu nun ia dá certu! Chiquinha já tá dano má infruença pra Mariquinha!
Chi - Ô vó...num fica botano paranóia na cabeça du pai!
Zé - Chiquinha, num responde sua vó, qui é feio! Já tá resorvido, manhã queru falá cum esse cabra. Vai pro seu quarto e só me parece quando eu mandá. E ocê tamém, Mariquinha!
Mariquinha - Mai u qui foi qui eu fiz?
Jô - Mariquinha, vai i num recrama!

Elas se levantam e vão para o quarto.

Vó - Mai essas criança di hoje em dia, tão que tão! No meu tempo, se eu falasse um "ai" pru meu pai ele me dava um sussega rapidim...
Chi - Ô vó, num bota mas lenha na fuguera...
Eufrásia - Dexa a vó, qui ela tá certa. Tudu que ela disse é verdadi.

E começa toda a discussão de novo. Joaquina bota ordem outra vez.

Jô - Ara, mai nós num vamu começá di novu! Vamu todu muno drumi, qui é a mió coisa qui nóis faiz. Manhã o Zé resorve cum Genaro. Bora! Tudo muno já prá cama, inté ocê dona Judite.

Todos se retiram da mesa e vão dormir.
No outro dia Zé vai ao encontro de Genário  no lugar de Chiquinha.

Zé - Entom-se é ocê qui tá de safadeza cum a mia fia?
Ge - Ô seu Zé...o qui é qui o sinhô tá fazeno nas banda de cá?
Zé - Mai é ocê mermo seu desgraçadu!!!
Ge - Seu Zé eu possu ixpricá tudim pro senhô. É qui a Chiquinha e eu, sabi né, agente se gostamo muito, i nóis , nóis queria namurá...prontu....falei!
Zé - Ara, mai ocê num tem medo di morre não? Fala da mia fia cumu se ela fosse uma quarqué?
Ge - Não seu Zé, que isso?! Eu respeito muito a Chiquinha.
Zé - Mai num é quarqué um qui namora mia fia não. Ocê tem que prová que é home de verdade!
Ge - Ah! Pru móde quê que ocê num dissi issu antes. Pela Chiquinha eu faço tudu!
Zé - Entom-se prá começá eu queru qui ocê cace um javali pru jantá.
Ge - Mai logo issu seu Zé? Num tinha um bichim mais fácil não?
Zé - Ocê é qui sabi, si num quisé num precisa.
Ge - Verdade?!
Zé - Mai tamém num pensa im chegá pertu da minha Chiquinha, intendidu?
Ge - Não!!! Pode dexá. Eu caço o qui o senhô quisé, inté um leão desse tamanho assim ó!!!
Zé - Entom-se tá combinadu, queru issu pro jantá di hoji à noite, sem um minutim di atraso!
Ge - Eu vô caçá é agora mermo! Num vô perdê mai nem um minutim!

Zé e Genário saem. Passado algum tempo Genário chega todo sujo e rasgado, mas com a caça pronta nas mãos.
Durante o jantar tudo corre muito bem. Genário está feliz achando que já pode namorar Chiquinha. Mas quando ele menos espera ...

Zé - Genaro, ieu pensei muito aqui cum a minha cachola...
Ge - Pensô nu quê seu Zé?
Zé - Carma home, dexa eu falá ara!
Ge - Sim senhor.
Zé - Ieu pensei qui um homi bão pra casá cum Chiquinha, mia fia, tem qui sê arguém que saiba cuidá di criança, pra mode ajudá ela a criá us fio.
Ge - Tá certu! Eu garantu pro sinhô qui eu vô sê muito bão maridu i tamém pai.
Zé - Entom-se qué dizê qui ocê sabe cuidá di criança?
Ge - Sei sim senhô.
Zé - Entom-se tá certu. Ocê vai cuidá di Zezinho manhã enquanto nóis vai na igreja.
Ge - O quê?!?!?! Eu?!?!?! Mas sabe u qui é, é qui manhã...
Chiquinha interrompe - Mai ô pai...
Zé interrompe - Fica queta Chiquinha! Eu tô teno uma proza cum o moço. Num mi atrapaia. (Virando-se para Genário) Mai comu eu ia dizeno...Se ocê quisé mermo casa cum mia fia, achu bom chegá aqui manhã di manhãzinha.
Genário responde com uma expressão de desânimo - Tá certu!
Vó - Mai num é qui isso é uma boa ideia! Bem que ele pudia rumá a casa, fazê o armorço, lavá a loça...
Chiquinha interrompe - Ô vó...
Vó - Num fala nada. Fica queta que ocê num pode falá nada.
Eufrásia - Isso mermo vó; aí ele proveita e lava minhas ropa né?
Mariquinha - Faz meus devê da escola!
Catarina - Ô gente! Issu lá na cidade grande num ia dá muito certo não. Um moço quando qué namorá vai lá i namora. \num tem essas doidera que ocês tão fazeno cum ele não!
Vó - Fica queta Catarina!
Catarina - Mai eu só tô falano qui as coisa lá na cidadi são mais moderna, fazê o quê? Eu sô chiqui benhê!
Jô- Ocês num acham qui tão dano muitu trabaio pro pobre do moço não?
Zé - Fica queta muié! Bão, espero que ocê tenha escutadu tudu qui ocê tem qui fazê manhã... Acho qui ocê já podi ir imbora.
Jô - É mió se i imbora mermo, manhã se tem muita coisa prá fazê. Ocê tem qui drumi cedo, pra tá bem discansadu pra manhã. Vai...
Chi - Ô mãe, inté ocê?!
Jo - Chiquinha fica queta, qui eu tô falano pru bem do moço.

Genário sai cabisbaixo. Todos saem e vão dormir.
No dia seguinte Genário chega e encontra o bebê dormindo. (Todos já haviam saído, a casa estava bagunçada, as roupas para lavar ...

Ge - Ara, eu num sei nem por onde começá!

Ele começa a varrer a casa e o bebê começa a chorar. Ele pega o bebê no colo meio sem jeito...

Ge - Ara, mai será que dá procê falá o que que é que ocê qué? (O bebê chora mais alto)
Ge - Não né! Eu misqueci que o bebê num sabe faiá.

Genário fica desesperado, de um lado pro outro, tentando fazer tudo ao mesmo tempo. Dá mamadeira ao bebê e ele dorme. Vai lavar roupa. Começa a fazer comida e tirar pó dos móveis. O bebê acorda e começa a chorar, enquanto ele tenta distrair o bebê o arroz queima.

Ge - Que chero é esse heim? Ce tá sentino? Ai meu Deus, o arroz tá quimano!

Sai correndo para a cozinha. Volta com o bebê chorando e começa a fazer os exercícios de Mariquinha.

Ge - Mai quanto é 5 + 3 mermo?

Começa a contar nos dedos. Ele consegue fazer o bebê dormir novamente. Quando todos retornam já está tudo pronto e Genário, coitado, "morto".

Jô - Ara, mai num é que ele deu conta di tudo mermo?
Mariquinha - Minha lição tá pronta!
Vó - Tá tudo limpim!
Zé - É, o armorço tá inté cherando...
Chi - I eu sabia que ele ia consegui! Pode dexá que eu sirvo o armoço.
Zé - Fica aí Chiquinha, é ele que vai servi nóis.

O almoço foi servido, todos almoçaram e Genário já estava aflito pensando na próxima tarefa.

Zé - Despois disso tudo eu tava pensano...

Genário com cara de assustado "solta" aquela "pérola"...

Ge - Ai meu Deus, o que é dessa vez seu Zé?
Zé - Ocês pode marcá a data do casório.
Chi - Verdade verdadera pai?
Ge - Eu num criditu, finarmente nóis vamo casá!
Zé - Mai tem que sé já. Fia mia num namora muito tempo não.
Ge - Quando o senhô quisé.
Zé - Manhã intão tá bom.
Jô - Que isso home? Larga mão de sê apressado. Acho que num mês dá pra nóis ajeitá tudo.
Catarina - Ai, um casamento na famia, que chic!
Vó - E a benção da vó num conta mais não?
Chi - (assustada) Por quê vó, a senhora indá é contra?
Vó - Craro que não. Tão abençoado!
Eufrásia - Sabe prima, eu num gostava muito dessa ideia não. Mai agora que eu vi que esse moço gosta muito d'ocê ieu faço inté um poco de gosto desse casório...
Chi - Mai porque só um poco? Ocê inda num gosta dele não?
Eufrásia - Ocê descurpa eu, mai é que ocês cresceram junto, ieu acho isso poco estranho. Mai agora passô. Se a vó deu sua bençao é porque tá tudo certo.
Chi - Brigada prima!
Catarina - Êêêê, inté quinfim ocê resorveu largá essa sisma boba!

Um mês depois chega o grande dia.
Todos estão com caras de "cansados de esperar". Seu Zé e D. Joaquina ficam andando de um lado para outro esperando Chiquinha que está no quarto com Catarina se arrumando. Catarina e Chiquinha chegam.

Zé - Fia, ocê tá bunita comuma frô!
Jô - Ara, tá chorano home?
Zé - Não, foi um cisco que caiu no meu oio.
Jô - Sei ...
Chi - Intão vamu...

Chegaram na porta da igreja. Chiquinha entra com o pai.
Tem início a cerimônia.

Pe. - Maria Francisca Barbosa Cunha, você aceita Genário como seu marido?
Chi - Aceito! Craro que aceito. Sinão eu num tava aqui né?
Pe.- É só responder a pergunta Chiquinha.
Chi - Ah tá, perdoa eu. Aceito.
Pe. - E você Genário Pereira da Silva, aceita Chiquinha como sua mulher?
Ge - Craro! Também si num ceitasse...
Pe. - Tudo bem. Podem colocar as alianças.
Ge - Ah tá!

Genário procura e lembra que guardou as alianças na meia.
Eles colocam as alianças.

Pe. - Eu vos declaro marido e mulher.
Chi - Verdade? Ele já é meu marido?
Pe. - É.
Chi - Mai rápido assim?
Ge - É meu bem, agente já semo maridu i muié!

Genário beija a testa de Chiquinha. Todos se abraçam e viveram felizes para sempre!
Êêêê...
Fim!!!









terça-feira, 31 de julho de 2018

Projeto: Performances

Projeto desenvolvido no 1º ano do Curso Normal do C. E. Maria Zulmira Tôrres - Ano 2005

Justificativa:
Partindo do interesse apresentado pela turma do 1º ano do Curso Normal em desenvolver atividades artísticas que fossem apresentadas para todas às outras turmas do colégio, surgiu a ideia de uma representação, em forma de performance, do conteúdo das primeiras unidades de estudo da disciplina de Arte.

Objetivo:
Observar as principais características da vida do homem da pré-história e de três das grandes civilizações da Antiguidade: Egito, Grécia e Roma, apresentando de forma performática os aspectos que marcaram esses períodos e foram imortalizados através da arte.

Cronograma:
Projeto desenvolvido no 1º e 2º bimestres do ano letivo.

Desenvolvimento:
- Para desenvolvimento do projeto a turma, composta de 45 alunos, será dividida em quatro grandes grupos, e cada um dos grupos escolherá a unidade que será por eles apresentada em forma de performance.
- Cada unidade de estudo será trabalhada individualmente para em seguida os grupos organizarem suas apresentações.

Pré-História: Apresentação do conteúdo através de aula expositiva, CD, textos e reportagens;
Egito: Apresentação de pesquisas sobre o Egito Antigo, vídeos e reportagens;
Grécia: Vídeo, CD, textos e reportagens;
Roma: Vídeo de turismo sobre na cidade de Roma, vídeo sobre Roma Antiga, textos e reportagens.

Na aula destinada ao planejamento da performance pelos grupos, a turma será  separada, ficando o grupo responsável pela apresentação em sala de aula fazendo seu planejamento, enquanto o restante da turma estará em outras dependências da escola desenvolvendo algum tipo de atividade escrita relacionada ao conteúdo estudado.

Clientela:
Alunos e alunas do 1º ano do Curso Normal.

Avaliação:
Serão avaliados a participação e o envolvimento dos alunos, o comprometimento do grupo, e de cada um em particular, com o desenvolvimento da atividade proposta, bem como a validade , ou não, da atividade apresentada.



segunda-feira, 9 de julho de 2018

Há sempre um anjo escondido na pedra

O garotinho ficou na ponta dos pés para ver o pesado bloco de mármore.
_Que fazes aí, perguntou ao escultor.
_Nada, apenas descubro o anjo que está lá dentro.
E o menino se foi com a explicação, crédulo e cheio de fé.
Um dia voltou.
Com um carinho comovente, o artista acabava de esculpir o anjo.
_Que lindo, exclamou o menino. Eu não sabia que ele estava lá dentro...

No meio da vida quantos pedaços de mármore disformes, pesados, sem beleza, a espera de mãos cheias de amor.
Nas mãos do escultor eterno, paciência, cuidado, boa vontade, renúncia...exigidos até a descoberta...
Um golpe em falso, uma pancada, uma palavra má e lá se foi todo um trabalho.
Não é isto que nos faz crer num mundo melhor, onde o importante é acreditar que haverá sempre um anjo escondido na pedra?

Texto para proposta de trabalho em artes plásticas - escultura em barra de sabão.

domingo, 8 de julho de 2018

Estágios da Vida


A vida da gente é feita de vários estágios.
Para cada estágio, surge a nossa frente um novo degrau a ser superado. O degrau mais difícil a ser superado e geralmente, o primeiro. Para este degrau devemos acumular uma alta dose de coragem, determinação e principalmente de fé no que virá.
Ao ultrapassarmos este primeiro degrau, tudo fica mais tranquilo e sereno em nossa vida.
Vale a pena entender que os desafios e conquistas foram colocados para que possamos achar em cada estágio do viver, um novo sentido para esta linda vida que nasce todos os dias.
Tenha coragem e assuma os seus sonhos felizes.
Tenha fé e dê o primeiro passo.
Lembre-se: você é uma pessoa vencedora! 

Dinâmica: Cápsulas de felicidade

Objetivo: Descontrair (quebrar o gelo), socializar.

Desenvolvimento: Providenciar cápsulas vazias (vendidas em farmácia de manipulação).
Selecionar musicas alegres e escrever os títulos em pequenos papéis que caibam dentro das cápsulas.
Distribuir as cápsulas e a medida que forem abertas (uma de cada vez), a pessoa começa a cantar a música e depois todos cantam junto.